RELLIBRA

LIBEA - Literatura Brasileira de Expressão Alemã
PROJETO DE PESQUISA COLETIVA (USP/Instituto Martius-Staden)
Grupo de pesquisa RELLIBRA – Relações linguísticas e literárias Brasil-Países de língua alemã
Coordenação geral: Celeste Ribeiro-de-Sousa
Programa de Pós-Graduação em Língua e Literatura Alemã - USP

 

GEORG KNOLL (1861-1940): VIDA E OBRA

Autoria: Cristina Alberts Franco, 2008.
Direitos autorais: veiculação autorizada pela editora.
Como citar: Franco, Cristina Alberts. Georg Knoll (1861-1940): vida e obra. São Paulo: Instituto Martius-Staden, 2008.

 

Dados biobibliográficos

Georg Knoll nasceu em 23 de setembro de 1861 em Kronberg, Taunus, Alemanha, filho de pai e mãe professores. Sua estreita relação com a natureza vinha já da adolescência, época em que Knoll trabalha no “Palmengarten” de Frankfurt am Main. Posteriormente,  estudou botânica na cidade de Geisenheim, na região de Rheingau, à margem direita do Reno, voltando ao “Palmengarten” de Frankfurt após concluir os estudos.

A permanência de Knoll no “Palmengarten” de Frankfurt teve de ser interrompida devido a problemas respiratórios, causados pelo ar úmido da estufa onde trabalhava. Depois de uma estada em Würzburg, Baviera, é aconselhado pelos médicos a se mudar para um país de clima mais quente, o que o traz, aos dezenove anos, para o Brasil, acompanhado de um de seus irmãos.

Algum tempo depois, sua mãe e demais irmãos os seguem, estabelecendo-se igualmente no sul do país, no estado de Santa Catarina. Os primeiros anos no Brasil são difíceis para Knoll e sua família, anos de adaptação e de muito trabalho. Aqui, ele exerce várias profissões, é professor nas colônias alemãs, comerciante, participa da Revolução Federalista, torna-se professor municipal em Campos Novos e, logo a seguir, professor público de Santa Catarina, tendo galgado rapidamente vários degraus do funcionalismo público. Posteriormente, Knoll passa a viver em Cruzeiro, também em Santa Catarina, exercendo as profissões de promotor público, de advogado e de escritor. Vem a falecer no ano de 1940. 

Poeta e cronista, Knoll publica, em especial no período de 1893 a 1902, várias narrativas e poemas em língua alemã no “Rotermund Kalender” (Kalender für die Deutschen in Brasilien), de São Leopoldo, bem como em jornais e publicações em língua alemã, tais como “Blumenauer Zeitung”, “Kolonie Zeitung”, “Uhles Kalender”, entre outros, até pouco antes de falecer, em 1940. Segundo Manfred Kuder, “As muitas decepções e amarguras deixaram suas marcas em sua [de Knoll] produção ficcional; não é que ele tenha se tornado pessimista, mas sua lírica é dominada por um profundo tom elegíaco”, sendo que “o foco é a colonização alemã, e ela tem como pano de fundo a natureza brasileira convertida em lugar civilizado...” (“Die vielen Enttäuschungen und Erbitterungen haben seinem dichterischen Schaffen ihren Stempel aufgedrückt, er ist zwar nicht eigentlich Pessimist geworden, doch herrscht in seiner Lyrik ein elegisch besinnlicher Ton vor. Dabei hat er die brasilianische Landschaft tief ins Herz geschlossen...” In: Kuder, Manfred - Die Deutschbrasilianische Literatur und das Bodenständigkeitsgefühl der deutschen Volksgruppe in Brasilien. Ibero Amerikanisches Archiv, v. 10, n. 4,  1936/37, p. 394-494.)

Suas obras principais são:

 

Narrativas

Am Lagerfeuer im Urwald (Junto à fogueira na mata virgem). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1889, p. 3–56.

Ida. 1ª parte. In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1889, p. 34-69.

Ida. 5ª e 6ª partes. In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1905, p. 35-72.

Der Herr Vigario von S. Ângelo (O vigário de S. Ângelo). In: Uhles Kalender. São Paulo, 1908, p. 58-64.

Der Verstossene (O banido). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1922, p. 112-118.

Urwaldprinzesschen (A princesinha da mata virgem). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund , 1923, p. 66-85.

Schulmeisterlein (O mestre-escola). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund , 1924, p. 193-225.

Luciana. In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1934, p. 105-124; 177-208.

Gesühnt. Erzählung in drei Bänden. Rotermund Verlag und Co., São Leopoldo, 1918.

 

Poemas

Weihnachten in der Einöde (Natal no ermo). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1889. Também in: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1939, p. 57.

Abendlied (Canção vespertina). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1894.

Betrachtungen (Observações). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1898.

Brasiliade. In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1898.

Muss (Precisa!). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1898.

Zum 25-jährigen Jubiläum des Kalenders (Em homenagem ao jubileu de 25 anos do Kalender). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1905, p. 33.

Meinem Lehrer Glässner in Cronberg (Ao meu professor, Glässner, em Cronberg). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1905, p. 130.

Erinnerung (Recordação). In: Uhles Jahrbuch. São Paulo, 1909, p. 38.

Deutschbrasilianisch (Teuto-brasileiro). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1912, p. 261.

Ella. In: A Comarca, 16/11/1917.

Cruzeiro. In: A Comarca, 1919.

Der schwarze See (O lago negro). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1921, p. 269. Deutsch

Sonett (Soneto). In: Hausfreund, São Paulo, 1921.

Mondnacht (Noite de luar). In: Hausfreund, São Paulo, 1921.

Welke Blätter (Folhas secas). In: Hausfreund, São Paulo, 1921.

Die gute Saat (A boa semente). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1922, p. 35.

Abend (À noitinha). In: Hausfreund, São Paulo, 1922.

Das Ende (O fim). In: Hausfreund, São Paulo, 1922.

Verdorrt (Ressequido). In: Hausfreund, São Paulo, 1922.

Das alte Lied (A velha canção). In: Hausfreund, São Paulo, 1922. Também in: Serra Post Kalender, Ijuí, Löw, 1935, p. 58.

Winter (Inverno). In: Hausfreund, São Paulo, 1922.

Das Glück (A felicidade). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1923, p. 86.

Etelvina. In: Hausfreund, São Paulo, 1923.

Erinnerung (Recordação). In: Uhles Jahrbuch, São Paulo, 1923, p. 104.

Weihnachten (Natal). In: Uhles Jahrbuch, São Paulo, 1923, p. 104.

Im Hochland (Nas terras altas). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1923, p. 295.

Tangará. In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1924, p. 89. Também in: Serra-Post-Kalender. Ijuí, Löw, 1934, p. 89.

Im stillen Garten (No jardim silencioso). In: Uhles Kalender, São Paulo, 1925, p. 203.

Im alten Sessel lehn’ ich (Recostado na velha poltrona). In: BREPOHL, F. Wilhelm. Georg Knoll. Ein nassauisches Dichterleben im fernen Brasilien. Westerburg, P. Kaesberger, 1932, p.13. Deutsch

Verlassenes Land (Terra abandonada). In: BREPOHL, F. Wilhelm. Georg Knoll. Ein nassauisches Dichterleben im fernen Brasilien. P. Kaesberger: Westerburg, P. Kaesberger, 1932, p. 22-23. Deutsch  Português

Wenn deine Jahre wachsen leise (Quando teus anos se esvaem de mansinho). In: BREPOHL, F. Wilhelm. Georg Knoll. Ein nassauisches Dichterleben im fernen Brasilien. Westerburg, P. Kaesberger, 1932, p.21-22. Deutsch

Am Wasserfall (Na cachoeira). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1927, p. 64. Também in: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1933, p. 43. Deutsch 

Neujahr! (Ano Novo!). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1929, p. 1. Também in: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1939, p. 28. Deutsch 

Der Urwaldriese (O gigante da mata virgem). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1929, p. 159.

Ritt in der Mondnacht (Cavalgada em noite enluarada). In: Jahrweiser für die Deutschen Evangelischen Gemeinden in Brasilien, 1933.

Jaguar und Palme (Onça e palmeira). In: Serra Post Kalender, Ijuí, Löw, 1933, p. 61. Deutsch 

Amselschlag (O canto do melro). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1934, p. 99.

Das alte Lied (A velha canção). In: Serra Post Kalender, Ijuí, Löw, 1935, p. 58.

Cruzeiro. In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1940, p. 49.

Ostern (Páscoa). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1940, p. 102.

Campos Novos. In: Lageano, s/d.

Recordação. In: A Comarca, s/d.

Poeta Debochado. In: A Comarca, s/d.

 

Livro

Poesie und Prosa von Georg Knoll (Poesia e prosa de Georg Knoll). In: Südamerikanische Literatur. São Leopoldo: Rotermund Verlag und Co, 1918, vol.19, 20 e 21.

 

Texto autobiográfico

Georg Knoll, Skizze seines Lebens, von ihm verfasst (Georg Knoll, um bosquejo de sua vida, escrito de próprio punho). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1905, p. 139-144.

 

Ensaio

Physiologische Rätsel (Quebra-cabeças fisiológico). In: Kalender für die Deutschen in Brasilien (Rotermund Kalender), São Leopoldo, Rotermund, 1905, p. 83-89.

 

Resumos comentados

Em construção

 

Bibliografia crítica

Clique aqui