RELLIBRA

LIBEA - Literatura Brasileira de Expressão Alemã
PROJETO DE PESQUISA COLETIVA (USP/Instituto Martius-Staden)
Grupo de pesquisa RELLIBRA – Relações linguísticas e literárias Brasil-Países de língua alemã
Coordenação geral: Celeste Ribeiro-de-Sousa
Programa de Pós-Graduação em Língua e Literatura Alemã - USP

 

KARL NASCHOLD (1866-1924): VIDA E OBRA

Autoria: Thomas Gernot Keil, 2013.
Direitos autorais: veiculação autorizada pela editora.
Como citar: Keil, Thomas. Karl Naschold (1866-1924): vida e obra. São Paulo: Instituto Martius-Staden, 2013.

 

Dados biobibliográficos


Karl Naschold (1866 – 1924). Quelle: Privatsammlung Carlos Henrique Naschold, Porto Alegre

Karl Naschold nasceu em 30 de novembro de 1866 em Böblingen, no antigo Reino de Württemberg. Era filho de Karl Ludwig Christian Naschold (1838-1877) e de sua esposa Christiane Friederike, cujo nome de solteira era Häußler. Seu pai, tipógrafo e vendedor, possuía uma floricultura em Stuttgart. Entre 1875 e 1885, Karl Naschold foi aluno do Ginásio Real de Stuttgart, finalizando seus estudos lá com o diploma de conclusão do ensino médio. Seus planos originais de estudar transportes ferroviários não puderam ser concretizados; em vez disso, ele emigrou rumo ao Brasil em 1887 onde participou da fundação de uma colônia agrária em Venâncio Aires (Rio Grande do Sul). Porém, quando essa tentativa de colonização, que foi conduzida pelo Pastor Blumhardt e seguiu o modelo de uma comunidade cristã comunista, fracassou, Naschold trabalhou primeiro como caixeiro viajante e, mais tarde, como negociante autônomo, atuando no ramo da importação e exportação em Porto Alegre a partir de 1894. Na função de representante de várias empresas nacionais e estrangeiras, comercializou maquinário para a agricultura, para cervejarias, maltarias, sistemas de refrigeração e serrarias. Em 1896, casou-se com Elisabeth (Elly), cujo nome de solteira era Schwarz (1877-1945). Eles tiveram dois filhos e duas filhas. Paralelamente a sua ocupação como comerciante, Naschold também se destacou em inúmeras outras atividades econômicas e culturais. Foi presidente da Câmara de Comércio de Porto Alegre, fundador do Clube Musical Haydn, que presidiu por alguns anos, e presidente da Confederação Germânica (Germanischer Bund) do Brasil de 1915 a 1918. Em 1922, viajou à Europa, tendo retornado já doente. Após longa enfermidade, faleceu a 2 de maio de 1924 em Porto Alegre de câncer. De seus trabalhos literários, encontram-se textos em prosa e verso em anuários e jornais publicados no Brasil e na Alemanha. Os últimos ainda não foram catalogados e precisam ser bibliograficamente investigados.

 

Narrativas

Brasilianisches Musterreiterleben (Vida de um caixeiro viajante brasileiro). In: Riograndenser Musterreiter. Porto Alegre, 1913, p. 13 – 21. Também in: Deutsche Rio-Zeitung. Rio de Janeiro, 7/9/1922.

Ein Musterreiter meldet sich zu Wort (Um caixeiro viajante toma a palavra). In: Brasil-Post. São Paulo, 23/7/1993), p. 15 – 16.

Ballvergnügen auf dem Lande vor 100 Jahren (Os prazeres do baile no campo há cem anos). In: Brasil-Post. São Paulo, 9/9/1994, p. 7.

 

Poesias

Sonett des Kaisers Dom Pedro II. (Soneto do Imperador Dom Pedro II.). In: Koseritz’ Deutscher Volkskalender für die Provinz Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1898, p. 67. Deutsch

Die Thräne (A lágrima). In: In: Koseritz’ Deutscher Volkskalender für die Provinz Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1898, p. 149 – 151.

Koloniekerb (Festa da colônia). In: Koseritz’ Deutscher Volkskalender für die Provinz Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1898, p. 388.

Musterreiter-Lied (Canção do caixeiro viajante). In: Riograndenser Musterreiter. Porto Alegre, 1913, p. 98 e 158. Deutsch

Musterreiterferien (As férias do caixeiro viajante). In: Riograndenser Musterreiter. Porto Alegre, 1913, p. 109 – 110. Deutsch

Zum Stiftungsfest 1903 (À festa da fundação 1903). In: Riograndenser Musterreiter. Porto Alegre, 1913, p. 115. Deutsch

Wenn selber vom Glück getragen (Quando se é agraciado pela sorte). In: Hundert Jahre Deutschtum in Rio Grande do Sul 1824 – 1924. Porto Alegre, 1924, p. 382. Deutsch

Die Stille (O silêncio). In: Hundert Jahre Deutschtum in Rio Grande do Sul 1824 – 1924. Porto Alegre, 1924, p. 382. Deutsch

Lied aus der Verbannung (Übersetzung des Liedes „Canção do exilio“ von Gonçalves Dias). In: Hundert Jahre Deutschtum in Rio Grande do Sul 1824 – 1924. Porto Alegre, 1924, p. 383. Deutsch

Sonett (Soneto). In: Der Familienfreund. Porto Alegre, 1951, p. 24.

 

Fontes das informações

  1. Consuldado Geral da Alemanha em Porto Alegre.

Matrícula consular, vol. 1, Nº 602.

  1. Arquivo particular de Carlos Henrique Naschold, Porto Alegre

Auszug aus dem Taufregister. Neckar Kreis Oberamt Böblingen, Gemeinde Böblingen (Excerto do registro de batismos. Distrito do Neckar, Repartição superior de Böblingen, Comunidade de Böblingen), (18 de janeiro de 1896).

K. Real-Gymnasium Stuttgart. Zeugniß der Reife (Ginásio Real de Stuttgart. Diploma do ensino médio) (12 de setembro de 1885).

Alt-Calwer Familien XX: Naschold (Famílias na antiga Calw XX: os Naschold), in: Schwarzwald-Wacht, Calw, 112. Jg., Nr. 222 (24 de setembro de 1937).

Foto Karl Naschold (Foto de Karl Naschold).

Stammbaum u. Chronik des Geschlechtes Naschold. Zusammengestellt von Regierungsbaumeister Richard Naschold (Árvore genealógica e crônica da Família Naschold, organizadas por Richard Naschold, supervisor de obras do governo), Stuttgart 1928.

Stammtafel der Familie Naschold (Árvore genealógica da Família Naschold)

  1. Jazigo:

Sepultura da família Naschold no Cemitério Evangélico, Porto Alegre.

Tradução: Maria Luísa Bredemeier, São Leopoldo

 

Resumos comentados

Em construção

 

Bibliografia crítica

Clique aqui